Espaço Karam

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Francisco

Biografia

Nasceu na cidade de Bagé (RS) no dia 5 de março de 1919, filho de Antônio Francisco Karam e Mery Karam. Morou por um breve período na cidade de Pelotas (RS). Fez o curso de Medicina na Faculdade de Medicina de Porto Alegre, atual Universidade Federal do Rio Grande do Sul, de 1938 a 1943. 

Foi médico em Tupandi (RS, 1944-1946), Arroio Trinta (SC, 1946-1959) e em Videira (SC, 1959-2012). Em Tupandi, ficou por dois anos. Ali conheceu e se casou com a então professora Maria Lourdes Schaedler. Em 1946, após o casamento, o casal transfere-se para a pequena localidade de Arroio Trinta, onde nasceram seis de seus oito filhos (os outros dois nasceram em Videira). 

Em Arroio Trinta, foi o primeiro médico a chegar à localidade. Médicos, naquela época, eram como se fossem missionários, levando a ciência para curar as feridas do povo embrenhado no interior e que ainda resolvia seus problemas de saúde com muita crendice e benzeduras. Nesse ambiente, o médico que chegava trazia o conhecimento científico para tratar da saúde e acabava se tornando também a ponta de lança do progresso: Karam incentivou a comunidade a construir um hospital para que houvesse mais recursos no tratamento dos doentes, assim como participou da movimentação da cidade para levar a energia elétrica ao município, o que também contribuiu para que o hospital pudesse contar com mais aparelhagem. 

Eram tempos de andar a cavalo por trilhas e escarpas, o médico sendo conduzido por um familiar do doente, que mandava chamar o médico a uma distância às vezes de mais de um dia e uma noite de viagem. Mais tarde, o carro substituiu o cavalo e então a aventura era conseguir passar pelas estradas derrapantes depois de uma chuva. O médico fazia de tudo: atendia partos, braços quebrados, resfriados, realizava cirurgias. 

Em 1959, transferiu-se para a vizinha cidade de Videira, a convite do médico Waldemar Mozzaquatro, outro pioneiro da medicina na cidade e que tinha recém implantado ali o Hospital Santa Maria. Já um centro um pouco maior e com um hospital melhor equipado, passou a dividir tarefas com o dr. Mozzaquatro, ficando mais com a parte de radiologia e, posteriormente, o ultrassom. A medicina começava a se especializar.

Escreveu artigos médicos publicados nas décadas de 40 e 50 nas revistas "O Hospital" e “Revista Brasileira de Medicina”, ambas editadas no Rio de Janeiro.

Assim ele foi exercendo a profissão, que sempre diz que escolheu pelo espírito de humanidade inerente à profissão. E foi acompanhando as mudanças da medicina. Durante toda a vida, manteve contato com os avanços da medicina: sempre foi um assíduo frequentador de cursos, congressos e simpósios. 

A partir de 1998, escreveu artigos sobre vida e medicina, publicados regularmente nos jornais de abrangência estadual "Diário Catarinense", "A Notícia" e "Informativo da Saúde" e nos jornais da região em que morava, como Mini News, O Catarinense, A Coluna, Correio de Videira.

Escreveu três livros. "Pedra Branca", uma crítica política, publicado pela Rio Quinze Editora com o pseudônimo de Yussef Almanara. Este livro foi reeditado pela Editora Insular com título “Sr Presidente – Trajetória de um Político”. Seu segundo livro, “Memórias de um Médico do Interior” (Editora Insular), reúne crônicas que falam das experiências do jovem médico na cidade de Arroio Trinta. Através dos casos médicos, são mostrados também o ambiente e personagens marcantes, formando assim um painel da vida em uma cidadezinha do interior do Brasil na década de 1940. São experiências de um jovem médico em uma região habitada por colonos que até então resolviam seus problemas de saúde recorrendo principalmente a soluções caseiras, a quem o jovem médico procurava levar os avanços da ciência no campo da medicina. 

O terceiro livro, “Não Coma Veneno – Agrotóxicos e Alimentação Saudável” (Editora Insular), é fruto da experiência acumulada pelo autor em mais de 50 anos de exercício da medicina. Reúne artigos com dicas variadas sobre como tornar a alimentação uma fonte de saúde. O livro aborda desde alimentos que fazem bem, assim como ressalta cuidados que se deve ter ao ingerir esses produtos, que não podem estar contaminados por agrotóxicos. A obra também fala dos danos à saúde causados por produtos industrializados, que incluem entre seus ingredientes conservantes, corantes e adoçantes não recomendados. Um capítulo especial inclui cuidados na alimentação e nos hábitos que podem evitar o Mal de Alzheimer. 

Exerceu a medicina até 2012. Morou em Florianópolis (SC) dois anos, onde alguns de seus filhos moravam, e onde chegou a prestar serviço voluntário como médico no Asilo Irmão Joaquim. Em 2014 o casal voltou a morar em Videira. Faleceu no dia 6 de janeiro de 2017, em Videira. 

Recebeu o título de Emérito Cidadão Videirense, outorgado pela Câmara de Vereadores de Videira, em 7 de dezembro de 1989. Em novembro de 1998 a nova ala do Hospital Beneficente São Roque, de Arroio Trinta, recebeu seu nome. Em novembro de 1999 recebeu o troféu “Amigos de Lages”. Em 14 de dezembro de 1999 recebeu o título de Cidadão Arroiotrintense. Em outubro de 2003, a sala da biblioteca da Escola de Educação Básica Professora Adelina Régis, de Videira, recebeu seu nome. Membro emérito da Academia Catarinense de Medicina – 8 de maio de 2009. Em 19 de outubro de 2009 foi um dos 21 médicos homenageados em sessão solene da Assembleia Legislativa em função do Dia do Médico. Diploma de Mérito Médico da Federação Brasileira de Academias de Medicina, recebido em 21 de agosto de 2010. Em 2015, a clínica de imagem construída no terreno de sua antiga casa em Videira recebeu o nome de “Unidade Karam”. Em 23 de novembro de 2015 foi uma das 33 personalidades de Santa Catarina homenageadas pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina com a Comenda do Legislativo Catarinense, concedida anualmente como reconhecimento aos que se destacaram por seu compromisso social e empreendedorismo em prol do estado. Postumamente, a prefeitura de Arroio Trinta deu seu nome a uma rua no município. 

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